O Ministério Público do Tocantins (MPTO) obteve uma importante vitória no Tribunal do Júri de Gurupi ao garantir a condenação de Wallakson Alves do Nascimento a 32 anos de prisão em regime fechado, pelo homicídio qualificado de Victor Belchior Dias Barros, jovem de apenas 15 anos de idade, e outros crimes associados.
O MPTO foi representado pelo promotor de Justiça Rafael Alamy, que sustentou a condenação do réu, na última segunda-feira, 26.
O crime aconteceu em julho de 2020 e teria sido praticado por retaliação em razão de que a vítima reconheceu em juízo os autores do roubo de uma motocicleta que era conduzida por ele quando foi roubada.
Para impedir o eventual reconhecimento, Wallakson, Kayque dos Santos Barreira e Luciano Carvalho da Silva, integrantes da mesma facção criminosa dos assaltantes, decidiram matar a testemunha. Passaram, então, a seguir Victor, que conduzia uma moto, vindo a atingi-lo com disparo de arma de fogo, o que resultou em sua morte.
Tentativa de homicídio
Nesta segunda-feira, 26, Wallakson Alves também foi condenado pela tentativa de homicídio de Gabriel Lindolfo Ribeiro, com as qualificadoras de motivo torpe e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Gabriel, que estava na garupa da moto conduzida pela vítima e ficou ferido com um dos disparos, só não veio a óbito por ter recebido cuidados médicos.
Wallakson ainda foi condenado pelo crime de organização criminosa, já que restou apurado que ele e os demais autores integravam uma facção criminosa com atuação na cidade.
Novo júri
Em 2022, Kayque dos Santos Barreira e Luciano Carvalho da Silva foram julgados e inocentados, mas o MPTO recorreu da sentença e o Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) deu provimento determinando um novo júri.
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