Nos bastidores da política tocantinense, o clima segue de expectativa — e silêncio público. Sem declarações oficiais, sem falas diretas dos envolvidos, mas com muita movimentação reservada, deputados têm informado à imprensa que não se sentem incluídos no pacote de apoio do governador Wanderlei Barbosa à senadora Dorinha.
Segundo fontes ouvidas pela mídia, esses parlamentares afirmam que Dorinha não tem vínculo sólido com a “casa de leis”, núcleo político tradicional que ainda exerce peso significativo na tomada de decisões de parte da base governista. Essa leitura reforça o desconforto de quem esperava maior articulação antes de qualquer alinhamento formal.
Entre esses deputados, cresce a defesa de que a pré-campanha de Amélio Cayres deveria seguir adiante, especialmente se o cenário apontar para uma alternativa com o deputado federal Alexandre Guimarães. Internamente, muitos avaliam que, se houver mudança de rumo, a preferência natural seria por Alexandre, que reúne capilaridade, diálogo e presença consolidada no interior.
O ponto de atenção, entretanto, está no comportamento do governador diante do próprio Alexandre. Wanderlei e Alexandre seguem alinhados, mas, após todo o movimento recente envolvendo o retorno do governador ao cargo, alguns analistas descrevem a relação como “ainda um pouco distante”, aguardando reconstrução de espaço e sintonia.
Por isso, a classe política monitora com expectativa o encontro entre Wanderlei Barbosa e Alexandre Guimarães, encontro esse que pode redefinir rumos, arestas e decisões estratégicas. A depender do resultado dessa conversa, os deputados deverão calibrar posições — seja fortalecendo Dorinha, mantendo Amélio como opção, ou consolidando Alexandre como nome de consenso dentro do grupo.
Enquanto isso, a ordem do dia é aguardar. Em silêncio. Mas com muita coisa acontecendo nos bastidores.