De apoiador do pedido de impeachment de Mauro Carlesse — que levou Wanderlei Barbosa ao comando do Estado — o deputado Júnior Geo reaparece agora em um novo capítulo da política tocantinense, desta vez, com um pedido de impeachment contra o próprio Wanderlei, após 70 dias de afastamento do governador.
Conhecido por seu discurso técnico e postura independente, Geo volta ao centro das atenções e reacende o debate sobre responsabilidade política e ética pública. A grande dúvida é se a Assembleia Legislativa dará andamento ao pedido, se o presidente da Casa aceitará ou pautará a matéria e, caso isso aconteça, se Wanderlei cogitaria renunciar.
Enquanto isso, Palmas amanheceu fervendo com uma nova operação da Polícia Federal, que investiga o governador afastado, a primeira-dama Karynne Sotero, além de filhos e enteada.
O cenário é de incertezas. Já se especulam votos, possíveis alinhamentos e até prazos internos sobre o futuro de Wanderlei. O que se percebe é que, a cada nova operação, o retorno do governador ao cargo parece mais distante.
Há quem enxergue interferência política em meio a tantas movimentações. Outros apontam apenas o peso das investigações. Fato é que a cada dia o quadro se complica para o governador afastado, enquanto Laurez Moreira parece ganhar espaço na Assembleia e simpatia entre parte da população, que observa de perto os desdobramentos dessa novela política.
Agora, resta saber: até quando conseguirão segurar o possível impeachment?