Nos últimos dias, o prefeito de Araguaína, Wagner Rodrigues voltou às redes sociais para afirmar que, caso o município não faça uma readequação no Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos professores, o Instituto de Previdência de Araguaína (IMPAR) poderia “quebrar” em até cinco anos. A declaração gerou forte reação entre servidores da educação e agora recebeu uma resposta direta do próprio Conselho Fiscal do IMPAR.
Em documento oficial, o Conselho contesta as falas do gestor e afirma que não há qualquer estudo técnico ou projeção atuarial que aponte risco de colapso financeiro do instituto. Pelo contrário: os conselheiros destacam que o IMPAR vem mantendo equilíbrio nas contas e adotando medidas de gestão responsáveis para garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário municipal.
O parecer, assinado pelos membros do Conselho Fiscal, reforça que a previdência dos servidores é uma instituição autônoma, com regras próprias e gestão independente, e que não deve ser usada como justificativa política para mudanças que retirem direitos já conquistados pelos profissionais da educação.
A posição do Conselho expõe uma divergência clara entre o discurso da Prefeitura e os dados reais do instituto. Enquanto o prefeito tenta associar a revisão do PCCR a um suposto risco de falência do IMPAR, o órgão responsável pela fiscalização das contas nega qualquer cenário de colapso.
O episódio reacende o debate sobre transparência na gestão previdenciária e sobre o uso de argumentos técnicos em meio a disputas políticas. Ao que tudo indica, o problema não está no equilíbrio do IMPAR, mas na dificuldade de alguns gestores em lidar com a valorização e o reconhecimento dos servidores públicos.