O cenário político do Tocantins ganhou novos contornos após um fim de semana marcado por revelações, movimentações e reviravoltas. Enquanto a senadora Professora Dorinha (União Brasil) teve áudios vazados expondo bastidores de sua pré-campanha ao governo, dois nomes ganharam os holofotes na corrida pelo Senado: Vicentinho Júnior e Carlos Gaguim.

No sábado, Vicentinho Júnior lançou oficialmente sua pré-candidatura ao Senado, mobilizando apoiadores e sinalizando força na disputa. Entretanto, menos de 48 horas depois, a Federação União Progressista – formada por União Brasil e PP – homologou o nome de Carlos Gaguim como seu pré-candidato oficial ao Senado.

A decisão da federação muda o tabuleiro político. Isso porque, com a oficialização de Gaguim, abre-se um impasse sobre o destino de Vicentinho Júnior. Nos bastidores, crescem as especulações:

Recuo estratégico: Vicentinho poderia desistir da candidatura ao Senado, abrindo espaço para manter-se na base e disputar  reeleição de deputado federal.

Novo grupo político: Existe também a leitura de que Vicentinho poderia migrar para o Podemos, partido do prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, e do deputado federal Tiago Dimas. Assim, poderia se alinhar a lideranças como Laurez Moreira e o senador Irajá Abreu, formando um novo bloco de oposição ao governo.

Alinhamento com o Palácio: Outra possibilidade seria se aliar ao Palácio, reforçando a pré-candidatura de Amélio Cayres ao governo. Nesse desenho, a chapa de senadores apoiada pelo governador Wanderlei Barbosa poderia ser composta por Alexandre Guimarães (MDB) e Vicentinho Júnior (Podemos). Ainda existe a possibilidade de Vicentinho migrar para o Republicanos, o que abriria caminho para consolidar essa união. A leitura é que dois nomes novos no Senado, em franca ascensão política, poderiam representar um movimento estratégico e de peso para fortalecer tanto a candidatura ao governo como as disputas para o Senado.

Enquanto isso, Carlos Gaguim já assume postura de pré-candidato oficial, reforçando sua ligação com Dorinha e apostando na força da federação para consolidar seu projeto.

O episódio mostra que a disputa pelo Senado em 2026 deve ser uma das mais intensas da história recente do Tocantins, com nomes de peso e rearranjos partidários que podem definir não apenas a corrida majoritária, mas também os rumos da eleição estadual como um todo.